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O que esperar para o futuro da humanidade?  

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Será que nosso presente se assemelha ao nosso passado?

Como viver mais?

Uma das megatendências que ganhou uma superpotência recentemente em 2018 foi o veganismo. E com a chegada dessa nova moda, é extremamente comum culpar a não aderência desse modo de viver como um dos motivos para a diminuição da expectativa de vida da população. Entretanto, longevidade vai muito além disso. Vamos primeiro compreender o que significa o veganismo.

Segundo The Vegan Society, entidade inglesa, o veganismo é, entre outras coisas, “uma dieta baseada em vegetais, livre de todos os alimentos de origem animal, como: carne, laticínios, ovos e mel, bem como produtos como o couro e qualquer produto testado em animais."  Para eles, o principal motivo é excluir o sofrimento dos animais, assim como se manter livre de doenças que encurtem seu período de vida. O vegetarianismo segue a mesma base, no entanto, a prática se limita à alimentação. Todavia, prolongar a expectativa de vida requer vários aspectos e apesar do veganismo/vegetarianismo ser uma prática extremamente benéfica, a sociedade vem colocando uma carga de responsabilidade muito maior do que lhe é devido.

A nutricionista Layla Camargo fala um pouco de como as pessoas viviam há 100 anos atrás e também sobre o motivo de viverem alguns anos a mais do que se espera que vivamos hoje. Naquela época, a maioria dos consumidores eram os próprios produtores do alimento. Plantando em suas próprias terras, cultivando sem produtos químicos. Criando os animais sem hormônios e produtos industrializados. E nesse processo, havia muito esforço físico, não dando ao corpo a chance de ficar parado, sem se exercitar. “Os produtos eram ricos em nutrientes por estarem em sua forma natural, eram orgânicos. E os exercícios físicos, além do trabalho, eles caminhavam muito por não terem tanta acessibilidade a transportes para locomoção, entre outros métodos. Então era uma combinação forte de muita atividade física e alimentação natural”.

Com o passar do tempo e o crescimento da indústria alimentícia, as empresas foram realizando técnicas e inserindo elementos químicos em seus produtos para aumentar o ‘tempo de plateleira’, conforme a nutricionista explica. “Assim como os agricultores passaram a usar agrotóxicos para evitar fungos, insetos e pragas para evitar perdas em seu cultivo. Tudo isso causa um maleficio inexplicável a saúde”, complementa.

 A rotina e a tecnologia do século dificultam o contorno da indústria alimentícia e a manutenção da prática de exercícios físicos. Contudo, ainda há pessoas que buscam um estilo de vida natural. “A gente vai se virando como vai dando. É bem difícil evitar todos esses alimentos industrializados hoje em dia, mas não é impossível. E quem sabe, com sorte, eu não chego aos cem anos?”, brinca Maria Alice, de 63 anos, que possui uma horta e busca viver de modo mais orgânico possível.

Naquela época, a maioria dos consumidores eram os próprios produtores. 

O amanhã não existe

Como Renato Russo canta, “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”. Além das questões filosóficas de que o passado e o futuro não existem portanto só temos o hoje, a forma como estamos nos relacionando com o planeta está literalmente matando a possibilidade de um amanhã.

No território dos índios a “civilização” dos colonizadores trouxe com ela o frio que descobriu tantos lugares como o Brasil. Um relatório publicado pela Organização Mundial das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura em 2015 revela que nos últimos 25 anos foram desmatados 129 milhões de hectares de floresta. Ainda assim a floresta brasileira ocupa o segundo lugar no ranking de maiores florestas do mundo. E estamos falando de um só país. Mas falando do globo, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) contemplam que as florestas representam apenas 30% do território mundial. E dessa porcentagem, menos da metade são florestas primárias, ou seja, que ainda não foram modificadas pelo homem. Por outro lado a população vem aumentando, o que demanda mais água, mais comida e mais ar. Mas até o ar para respirar está ficando sufocado.

No dia 31 de agosto deste ano a Terra atingiu o Overshoot Day, que quer dizer seu dia de sobrecarga. Isso significa que até o dia 31 de dezembro de 2018 tudo que for extraído está além da capacidade de regeneração da Terra. O conceito foi desenvolvido por uma organização parceira da Global Footprint Network e se trata de cálculos sobre nossa demanda por recursos ecológicos renováveis. As pesquisas da instituição apontam que antes mesmo da metade do século o planeta vai ter atingido uma demanda equivalente a dois planetas.

De acordo com informações da coordenadora de conteúdo do Movimento Menos 1 Lixo, Mariana Marcucci, somente no Brasil são consumidos 720 mil copos descartáveis por dia enquanto mais 1,5 milhão de sacolas plásticas são distribuídas por hora. E não para por aí: as garrafas PET que enchem os copos, por sua vez, somam 1,5 milhão por minuto no mundo. “Se a gente repensasse que um não faz diferença... De repente esses números seriam bem diferentes, né?", instiga. Tudo começou quando a idealizadora do movimento conhecida como Fe Cortez decidiu recusar copos plásticos por um ano. A atitude resultou em 1.618 copos economizados e a necessidade de propaga-la.

“A gente está deixando o lixo tomar conta de tudo, matando a terra? Peraí, a gente vive nela, e precisa ter essa noção de mudança agora”, afirma Laura Amaral, desenvolvedora da Campana, uma marca de bolsas feitas de retalhos e tecidos descartados. O processo de produção é bastante artesanal, reutilizando estofamentos, forração de móveis e tecidos afetuosos guardados por muito tempo como a cortina da casa da avó de alguém. “Existe uma enorme quantidade de resíduo têxtil e isso está poluindo, por que eu não poderia fazer disso uma coisa maravilhosa?”. Laura foi uma das poucas pessoas que nem se questionou se aquilo faria diferença, pois muito embora uma andorinha só não faça verão, pode começar uma nova estação. Para a Campana isso quer dizer ressignificar o lixo têxtil e continuar a história deles através da arte.

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E se a Terra falasse?

DR com a Terra - Um desabafo
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Luz para um futuro sobrio

Os dados e estudos apontam para um futuro que ninguém gostaria de viver, seja pela falta de água ou excesso de doenças. Os filmes retratam distopias possíveis e nenhum dos atuais sobreviventes gostaria que a ficção se tornasse realidade.

Pensando assim, alguns dos sobreviventes buscam se desviar da rota na qual todo o mundo anda, ou gira. A sociedade caminha para seu próprio caos, mas parte dela busca alternativas salvíficas. E então surgem iniciativas ecológicas e saudáveis para todos os envolvidos, ou seja, planeta e humanos.

 

Veganismo

O veganismo é um movimento que visa preservar a natureza, em especial a vida dos animais. Eles se posicionam contra todo tipo de exploração e sofrimento dos bichos. A iniciativa vai além do rótulo de dieta.

Os veganos retiram de sua rotina todos os produtos que que de alguma forma envolveram a exploração dos animais, seja em forma de mortes ou testes. Isso inclui alimentos, roupas, maquiagens, calçados, entre outros.

Foi na produção de maquiagens veganas que a jornalista Elza Barroso decidiu investir, mais especificamente batons. “Para obtermos qualidade não é necessário fazer crueldade com animais”, conta.

Além da qualidade, Elza defende os benefícios trazidos pelo uso de batons veganos. “No nosso caso, que trabalhamos em prol da não toxidade, os benefícios são imensuráveis para conseguirmos um futuro limpo para o planeta e para a continuação de uma civilização saudável”, acredita. Empreendedores como a jornalista, cuja consciência visa a sustentabilidade, se multiplicam no Brasil e encontram demanda de consumidores.

Não existem pesquisas no Brasil a respeito da quantidade de adeptos ao veganismo, mas estima-se que haja cerca de 5 milhões deles em nosso território. Essa estimativa foi feita com base na quantidade de veganos nos Estados Unidos. O Instituto Harris Interactive declara que 50% dos vegetarinos desse país se definem como veganos.

O veganismo se difere do vegetarianismo exatamente por apresentar uma gama de restrições ainda maior. Os vegetarianos se limitam apenas a não comer animais, enquanto os veganos não consomem absolutamente nada cuja produção envolveu o sofrimento de bichos.

A universitária Ana Vieira já era vegetariana quando decidiu dar um passo adiante. “Entendi a importância de quebrar essa cultura de objetificação dos animais”, declara. Pesquisando, ela descobriu sobre os testes feitos nos bichos, bem como sobre o processo de produção da seda, do mel e do carmín.

Ana percebeu que o veganismo, além de ser uma boa opção para sua saúde, faria bem para o planeta. “A água doce usada para alimentar a indústria agropecuária poderia ser poupada juntamente com as toneladas e toneladas de grãos que poderiam alimentar os milhares que morrem de fome todos os dias”, exemplifica. Ela ainda afirmou que as abelhas podem entrar em extinção caso permaneçam involuntariamente nesse regime escravo que a indústria impõe sobre elas.

Para a universitária, ser vegana não faz dela uma pessoa perfeita. Entretanto, Ana acredita que faz escolhas mais conscientes e responsáveis a cada um dia. Esse foi o caminho que encontrou para ser mais sustentável e contribuir para que o planeta tenha um futuro melhor.

O que podemos esperar para o futuro?

Direção: Prof. Me. Andréia Moura

Contatos: (19) 3858-9072

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Planeta água?

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