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Os jovens votam a fim de militar

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Em uma eleição delicada se aproximando, o posicionamento dos jovens pode ser decisivo.

O que eles querem?

Não é de quatro em quatro anos, é todo dia

Com as eleições batendo à porta, é extremamente comum que a preocupação com o tema cresça.  A partir dessa preocupação, surgem perguntas como: Por que estamos em uma sociedade onde a política é tão negligenciada pelo próprio cidadão? E onde começa essa história de falta de interesse?

Nada se cria do nada, muito menos um problema.  É algo que tem que vir sendo trabalhado desde a época onde esse tipo de opinião é construída no ser humano. A complicação para Erick Novaes, professor que leciona história para alunos do ensino médio na rede pública do Rio de Janeiro, é que a preocupação dos estudantes não está na matéria de política ou qualquer outra que ele procura ensinar dentro da sala de aula.

A preocupação desses alunos, segundo o professor, está em casa e se vão ter ou não algo para comer quando saírem da escola. “É como se a política não fosse feita para eles”, lamenta Novaes. Percebe-se uma tremenda falha na política nacional quando alunos que deveriam estar extremamente engajados não só com a política, mas com a escola de modo geral, estão preocupados se seus estômagos doerão naquela noite por não ter sido saciado.

Apesar de ensinar na rede pública, o professor comenta sobre as redes de ensino privado. Nas quais as dificuldades permanecem, apesar de não serem as mesmas. Novaes reconhece que os problemas podem ser tão complicados quanto os da rede pública. Não somente pela falta de interesse dos alunos, que na maioria das vezes, acontece em menor quantidade. E mesmo assim, continua sendo grande. “Às vezes eles estão ali somente por pressão familiar, por exemplo”. O desinteresse também pode ocorrer pelo acesso demasiado à tecnologia e a falta de sabedoria para usá-la.

E além desses pormenores, há também as diretrizes da instituição de trabalho. Toda ela tem uma conduta ideológica, e acaba se tornando comum que elas peçam ou façam o adendo para que o profissional privilegie o lado defendido pela escola. “Já houve, inclusive, uma proposta de uma escola sem partido. E não me entenda mal, o problema não é não ser partidarista, mas é não passar uma ideologia para o estudante”, argumenta. Para Eduardo, a partir do momento que isso acontece, um desserviço está sendo prestado ao aluno. “A evolução dele depende de conhecer as variadas vertentes do contexto ideológico político, seja de direita ou de esquerda, para que não se criem alunos que sejam analfabetos políticos”, salienta Novaes.

A aluna Giulia Zanella foi fruto de uma escola onde pôde obter diferentes opiniões e ideologias políticas. A instituição onde estudou promoveu debates políticos, nos quais os alunos tinham voz e o poder de dizer o que achavam, e eram confrontados por outros alunos e instigados por professores. Não somente por professores de história. Por outros profissionais que lecionavam outras matérias e que também expunham suas opiniões nos debates. Isso fez com que ela pudesse enxergar dentro de várias ideologias e vertentes, bem como conseguisse sair do analfabetismo político e pensar por si mesma sobre assuntos que são necessários para uma vida em sociedade.

O professor ressalta a necessidade do ensino político em sala de aula porque isso criará cidadãos com uma consciência social maior. “Política é muito mais do que só votar. Política é um caminho que você abre para conseguir enxergar o mundo de uma forma diferente e estar preparado para a vida, até porque, política não acontece de quatro em quatro anos. Está acontecendo o tempo todo”, conclui.

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A repórter Thamiris Senis foi a uma manifestação e acompanhou de perto a resistência dos jovens. 

Protesto Lula Livre - 2018
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Direção: Prof. Me. Andréia Moura

Contatos: (19) 3858-9072

                    abjnotícias@gmail.com

                   @abjnoticias

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Editora chefe: Prof. Ms. Andreia Moura

Secretária de Redação: Emanuely Miranda


Repórteres: Emanuely Miranda, Karollyne Aguiar, Kelyse Rodrigues, Thaís Alencar, Thamiris Senis


Programação visual: Emanuely Miranda e Lia Castro


Vídeo: Guilherme Melo, Lia Castro e Natália Vianna

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Envolver-se é o primeiro passo

 

No próximo dia 7 de Outubro, o povo brasileiro vai de novo às urnas. Agora é a vez de decidir quem serão os deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o nosso presidente da República. Se para alguns, a eleição já virou rotina, há muitos jovens que vão votar pela primeira vez este ano.

 

A estudante universitária Anita Rebeca Silva faz parte deste grupo. Ela ainda não terminou de escolher os seus candidatos, mas está sempre atenta às informações e acertou todos os detalhes. “Meus documentos já estão guardados em lugar seguro para não perder ou esquecer e já escolhi um lugar de votação bem próximo da minha casa”, enumera.

O documento mais importante no dia da votação é o título de eleitor. Depois de explicar que o voto no Brasil é obrigatório para os cidadãos de 18 até 70 anos e facultativo a partir aos 16 e após os 70, o especialista reforça a importância do documento para que o eleitor consiga registrar a sua escolha. “O pré-requisito básico é ter o título de eleitor regularizado. Sem ele não tem como votar”, destaca.

Anita não costuma assistir aos horários políticos obrigatórios para decidir para quem terá o seu voto, prefere os debates. “Os debates são mais articulados. Os candidatos falam mais sobre suas propostas e, além disso, é possível saber mais a respeito deles. Sobre como eles reagem a opiniões contrárias. Se são respeitosos ou arbitrários, enfim.”, coloca. Para ela, a discussão sobre as eleições é essencial. “Já que fazemos política todos os dias da nossa vida, isso interfere diretamente na administração da nossa cidade, estado ou país”, pondera.

A estudante ainda fala sobre o porquê participar das eleições. “É a nossa maneira de exercer a nossa cidadania e mostrar o que desejamos para a comunidade”. No entanto, a participação no processo eleitoral também é fundamental por questões de ordem legal. Segundo Neto, há uma série de consequências para quem decide se abster do voto. Quem deixa de justificar o seu voto paga uma multa de três reais que pode aumentar até 10 vezes, de acordo com a vontade do juiz eleitoral.  Caso não haja não haja justificativa em três eleições seguidas, o título é suspenso.

No entanto, o voto é apenas uma das maneiras de se envolver ativamente no processo eleitoral. Edmilson  Santos teve a oportunidade de fazer um pouco mais. Recebeu a convocação do juiz eleitoral em sua casa para atuar como mesário nas eleições.  Segundo ele, a experiência como mesário o ajudou a ter mais consciência sobre como as coisas funcionam e pode ser proveitoso para quem quiser participar. “Participar mais efetivamente de uma eleição abre a mente e quebra alguns paradigmas que se possa ter. Além disso, traz uma sensação boa de dever cumprido como cidadão”, conclui.

Para quem tiver interesse de ter a experiência de ser mesário voluntário, o Tribunal Superior Eleitoral tem um programa para Mesários voluntários. Para obter maiores informações ou se inscrever, é só clicar neste link aqui.

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