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Os principais destinos da Ámerica do Sul

Com os pés na estrada e a mochila nas costas os aventureiros seguem viagem

Âncora 1

No auge dos anos 2000, Rafael Kosoniscs estava no colegial. Em tempos de Playstation, Orkut, Crocs e RBD, o estudante decidiu se aventurar além das modinhas da época. O rapaz colocou a mochila nas costas e o pé na estrada. Os anos se passaram, o garoto tornou-se publicitário e, da época adolescente, preservou o mochilão. A expressão pode soar estranha aos ouvidos desacostumados, mas essa prática coleciona adeptos e Kosoniscs é um deles.

Trata-se de uma viagem autônoma cujo objetivo é gastar menos e se divertir sem limites. Para isso, a bagagem é reduzida a uma mochila. Além disso, os transportes e a hospedagem nem sempre são convencionais. Nesses casos, caronas são sempre bem-vindas e casas de amigos, campings e hostels são opções para os aventureiros. “Busco economizar na hospedagem para gastar com experiências”, revela Kosoniscs.

São as experiências que dão o tom da viagem, também marcada pela forte interação entre os viajantes e o contato com as culturas encontradas pelo caminho. “Gosto de me envolver com comunidades locais e de conhecer novos viajantes, novas culturas, novos olhares”, afirma. Kosoniscs não se tornou um mochileiro devoto apenas pelo baixo custo das viagens, mas foi a possibilidade de conhecer novas pessoas que o cativou.

Cabe ao viajante planejar tudo sozinho: escolher destinos, selecionar as rotas e elaborar roteiros. Tudo sem vaidade ou padrões estipulados. Dentro desse nicho, há uma variedade extensa de estilos e preferências. Alguns preferem até mesmo viajar sozinhos.

Não importa como, a palavra de ordem é aventura. No entanto, se engana quem pensa que é uma viagem desorganizada. “Mochilar nem sempre é ir com a cara e a coragem, o planejamento mínimo é necessário para evitar gastos desnecessários e, principalmente, para poupar tempo durante uma viagem”, explica.

Apesar do planejamento, a incerteza é uma companheira de viagem do mochileiro. “Você traça uma rota, faz mapa, vê cidades de percurso, estipula tempo, mas a verdade é que você nunca sabe de nada”, confessa a estudante Dienifer Pereira.

O último mochilão de Dienifer foi para a Olimpíada Rio 2016 e sua primeira experiência foi uma viagem para Balneário Camboriu. Era um domingo de verão, a estudante e um amigo desejavam ir para a praia, mas não havia dinheiro disponível. Foi então que o mochilão entrou na vida de ambos. Ainda pela manhã, os dois mochileiros iniciantes levaram comida para passar o dia e pegaram carona com caminhoneiros. Quando o sol se pôs, retornaram para casa.

Kosoniscs, por sua vez, mochilou primeiramente para os países vizinhos ao Brasil e, desde então, não parou mais. “Para mim, é um caminho sem volta, quem experimenta uma vez, nunca mais abre mão desse estilo independente”, declara o praticante. Ele criou o Seu Mochilão, um blog destinado à tribo mochileira e garante que qualquer um pode fazer parte dela. “Qualquer pessoa pode mochilar. Não há receita para ser mochileiro, basta querer viajar de forma autônoma e ser protagonista de seu próprio roteiro”, convida. A estrada acolhe todo espírito livre que quiser se aventurar por ela.

Se você gostou da ideia e ficou com vontade de mochilar por aí, segue uma lista de sites que podem guiar um mochileiro:

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Como arrumar sua mochila?

MOCHILÃO: A ORIGEM

Lugares incríveis. Aventuras. Fotos e muita história pra contar. Quando se fala em mochilão, a imagem que se forma no imaginário coletivo dos mochileiros é da viagem e de tudo o que ela tem a oferecer. Mas toda aventura começa onde ninguém imagina: em casa, arrumando a bagagem. Uma mochila bem arrumada garante uma viagem leve e sem maiores problemas. Com o destino já definido e ciente do clima, mãos à obra, mochileiros!

A MOCHILA

Para tornar a “mochilagem” mais confortável, o ideal é que você leve apenas aquilo que vai precisar, excessos não são bem-vindos em nenhuma parte do percurso. Dependendo do tempo da viagem, do destino e do clima, elencamos os objetos que você vai precisar:

4 ou 5 mudas de roupa, incluindo peças de frio (meias, um par de luvas e casaco corta-vento), se for o caso. Dobre tudo em rolinhos para aproveitar bem o espaço, algumas dessas peças você já vai carregar no corpo;
Sapatos para caminhar, para passeio e um par de chinelos, um par de cada, por favor!
Produtos de higiene pessoal (xampu + condicionador, protetor solar, sabonete, escova + creme dental). Guarde numa parte acessível da mochila para eventuais necessidades;
Toalha de banho;
Notebook, câmeras e demais aparelhos eletrônicos para registrar tudo, é claro! Se você for despachar a mochila, esses equipamentos não devem ir junto, pois podem sofrer avarias;
Adaptador de tomada e carregadores portáteis;
Cadeados para ninguém mexer nas suas coisas.

Viagens mais longas demandam mais bagagem, mas isso não dispensa o minimalismo que esse tipo de viagem exige.

E O PESO?

As mochilas podem variar entre marcas e tamanhos, mas a regra comum a todas é não exceder o peso máximo que cada uma suporta. Essa precaução é fundamental tanto para conservar a mochila e evitar que ela rasgue quanto para não sobrecarregar ombros e costas.

Outra dica é não carregar objetos pontiagudos e cortantes para prolongar a vida útil da sua bag. Uma capa de proteção também pode ser interessante, pois você pode encontrar poeira, chuva e afins pelo caminho. Guarde os looks ostentação para ocasiões que pedem isso. Em qualquer mochilão, as palavras de ordem são: conforto, utilidade e praticidade. Preocupe-se em curtir cada momento ao máximo, cada viagem é única. Faça novos amigos, aproveite as oportunidades, aprenda coisas novas, saboreie, experimente. Traga na mochila, além de roupas sujas, boas lembranças. Mochilar é expandir os horizontes!